quinta-feira, abril 23

Redação ENEM II

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No tocante às competências prévias ao ato de escrever, comentadas no post ENEM I, quem se submete a uma prova de redação dissertativo-argumentativa, como é o caso da prova do ENEM, deve ter por hábito ler muito, principalmente sobre temas que afetam a sociedade brasileira diretamente. Além dos livros e revistas, são igualmente importantes os jornais, editoriais e colunas de opinião, para desenvolver a leitura crítica eficiente. Não se pode esquecer as tirinhas, quadrinhos, charges, os telejornais, documentários e cinema, que apresentam sempre uma  visão crítica dos fatos. 
 
Desconstruindo o texto e buscando o que possa haver, não apenas nas linhas, mas também nas entrelinhas e por trás delas, investigando as intenções explicitas e veladas do autor, as habilidades de leitor vão precedendo as de escritor.

Por outro lado, argumentar significa posicionar-se criticamente perante um assunto e defendê-lo segundo este ponto de vista, com argumentos coerentes e válidos, a ponto de convencer o ouvinte (avaliador). Portanto, é necessário que o leitor, candidato ao ENEM, envolva-se com os possíveis temas (aí está uma das  dificuldades) . É preciso que o candidato exercite bastante  a contextualização  dos temas às particularidades da sociedade em que vive, o que o ajudará a manter sempre o foco.

A leitura, a formação de opinião sobre temas variados e o desenvolvimento do senso critico são, portanto, muito importantes como atividades prévias ao estudo da produção textual propriamente. Para isso, as rodas de estudo e debates precisam ser práticas regulares desde muito cedo nas escolas, não só às vésperas de provas do ENEM ou qualquer outro processo seletivo. Então, partindo-se de outro pressuposto, o de que ao final do Ensino Médio o aluno "domina" a língua culta padrão, então é só botar a cabeça para funcionar e mãos à obra.